Ao celebrar o Brasil este Sete de Setembro, Dia da Independência, já oito anos dentro do Novo Milênio, não é possível fugir à realidade que o nosso Imperador Primeiro, Dom Pedro, quis enfatizar naquela manhã que a História nos conta de tantas maneiras, mas que a trajetória internacional brasileira nos demonstra de uma única e corajosa inspiração.
Não há dúvida de que a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, representou uma mudança tão profunda nas relações colonizador-colonizado, que tivessem os milhares de lidere que têm conduzido este País nos últimos 186 anos se dado conta desta dimensão transcendental, nós não estaríamos ainda amargando um lugar de destaque nebuloso na grande constelação de nações do mundo.
O ato corajoso do nosso Príncipe herói não significava apenas romper os laços políticos e administrativos com a Pátria-mãe, significava acima de tudo aceitar o desafio de marchar por conta própria sem a proteção histórica gloriosa da Nação Lusitana e sem o caro escudo de proteção da potência Britânica a caminho de uma dominação mundial que duraria quase uma eternidade. Marchar audaciosa e corajosamente, movida por espíritos impetuosos iluminados, como o próprio Imperador, cheios das idéias e dos sonhos das Revoluções Americana e Francesa, desta muito mais do que daquela, que viam na Independência do Brasil o surgimento da liberdade, da igualdade e da fraternidade que quase todas as demais colônias espanholas da América já começavam a viver.
Representava também aquele ato ousado de Dom Pedro I o desafio aparentemente impossível de realizar de não permitir que o gigantesco país, o Brasil, ainda fragmentado culturalmente, fosse dividido em menores nações independentes regionais enfraquecendo sobremaneira as suas chances de um futuro brilhante a promissor, como aconteceu com as nações originadas do domínio espanhol que ao optarem por se dividirem em vários países terminaram por se enfraquecer permanentemente. Via o nosso Pai da Pátria a experiência americana de se manter uma única nação, ainda que sem nome e sem uma identidade própria, um modelo que levaria ou poderia levar o Brasil a um patamar de destaque entre a união das nações mundiais pelo propósito claro de ocupar um espaço entre essas nações do mundo com a força da sua extensão territorial e o vigor da pluralidade de sua gente e de suas riquezas naturais.
Contemporâneo de Bolívar, sem ter lido os seus escritos nem por ele ter sido influenciado, Dom Pedro I elevou o sonho Brasileiro de um porvir afortunado a um nível de visão de futuro não igualado até hoje, e somente de longe aproximado por Juscelino Kubitschek.
Temos muito a celebrar neste Sete de Setembro de 2008 no Brasil, e principalmente no Estado de Alagoas, onde o sonho de futuro penosamente retardado num e noutro começa a despontar como um fanal de luz no horizonte sempre promissor.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
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